29 February 2012

Mudança

Viajei. Mudei de vida.

Tenho de admitir que gosto particularmente daquela música do António Variações em que canta: Muda de vida, se não estás satisfeito...

E sentia que tinha "algo em mim a latejar", e quis mudar de vida. Apesar de ser feliz onde e com quem estava.

Agora, estou perante a mudança e tenho medo. Medo por estar perante um desconhecido, perante muitas incertezas. Mas sei que tenho de seguir em frente, lutar pelo sonho e viver a vida. Trago comigo muitas aprendizagens e estou preparado para as usar nesta nova vida.

Um dos medos que trago comigo é o de perder a individualidade que criei e construí (com a ajuda de muitas pessoas), de perder o meu sistema de crenças por um outro que é  dominante nas pessoas que agora me rodeiam. Medo porque desenvolvi um estilo de vida que quero manter.
Agradeço de certa forma a este medo presente em mim, pois é ele que me lembra que (apesar de querer partilhar o espírito com outros) de facto quero manter a minha personalidade e individualidade e estilo de vida.
Ao escrever, perco o medo e acredito mais em mim.

Vou mudar, mantendo quem sou!

Caminhos

Há já uns dias que intento escrever algo sob este tema. Para mim, os caminhos fazem parte da vida tão intrinsecamente que se confundem com a própria vida.


Sim, a vida pode mesmo ser chamada de "caminho".

20 February 2012

A praia das primeiras viagens

À entrada, um deve apresentar-se, dar-se a conhecer e afirmar ao que veio. Hoje, deixo isso para mais tarde.

Estou pensando em sonhos que posso partilhar, questões para as quais ainda não tenho resposta e intimidades que quero que continuem secretas... mas as palavras falham aos pensamentos e sentimentos que revolvem e reviram procurando o seu lugar.

Vejo uma praia pequena, um ou dois pescadores passando o tempo assim, o mar intenso com ondas igualmente fortes e carinhosas. O cheiro da maresia relaxa-me e deixa-me com uma energia que eu não conheço: talvez não conheça ainda tudo em mim. Procuro-me dentro de mim e encontro uma paz que me satisfaz completamente. Será excelente recordar este sentimento nos dias e horas mais cinzentos. O sol está tímido e não aquece o bastante para largar a camisola de lã quente. Caminho junto ao mar. Recordo-me que ainda há dias, não obstante o frio do Inverno, trouxe os calções de banho e entrei no mar para um mergulho arriscado; as ondas batiam e a corrente fazia-se sentir. Em troca da minha bravura, o mar deu-me o sentimento de pertencer ao mundo inteiro e de partilhar com ele toda a sua energia. Hoje recordo também esse sentimento. Esta praia faz agora parte de mim. Se não fosse esta, seria qualquer outra, mas é esta a praia das minhas viagens.